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Confusão com tempero sindical: Sindifisco protagoniza novela com diretoria destituída, polícia e justiça no enredo

Se alguém achava que sindicato era lugar só de discurso inflamado e cafezinho fraco, o Sindifisco-PE está aí pra provar que pode muito bem ser cenário de novela. E das boas! Com direito a destituição de diretoria, tentativa de posse frustrada, intervenção policial e uma pitada generosa de decisão judicial.

Tudo começou quando um grupo de filiados decidiu que era hora de mudar o rumo das coisas e convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), para o dia 6 de maio. O edital, publicado discretamente (ou não), na página 10 da Folha de Pernambuco, parecia prenunciar uma simples troca de comando. Mas bastou a tentativa de realizar a tal assembleia para o caldo entornar.

A diretoria destituída, que aparentemente não aceitou muito bem a ideia de descer do salto e entregar a chave do gabinete, resolveu não dar acesso à nova diretoria. Nada de cadeado trocado, mas o famoso “aqui você não entra” foi aplicado com rigor. Resultado? Clima de tensão e… polícia acionada. Sim, senhores. A sede do Sindifisco virou quase cena de episódio especial de Linha Direta.

Segundo fontes (aquelas que todo bom sindicato tem, mas que ninguém quer citar), a Justiça estaria prestes a dar posse à nova diretoria, com bênção de um desembargador que, segundo o Grupo Paridade, o time que tenta assumir, já está do lado deles. Só falta agora o tapete vermelho e a faixa de “agora é oficial”.

Mas calma que a novela não termina aí. Em nota oficial publicada nas redes sociais e na sempre prestigiada versão digital da Folha de Pernambuco, o Sindifisco-PE (ou ao menos quem ainda tem a senha do Instagram), afirmou que a AGE foi suspensa por decisão da 24ª Vara da Justiça do Trabalho do Recife. A publicação diz que o edital original da convocação, do dia 25 de abril, foi anulado, e que, portanto, não há assembleia nenhuma marcada. Só confusão mesmo.

E enquanto a categoria espera um desfecho, o sindicato segue em suspense: quem manda? Quem sai? Quem fica com o carimbo? O fato é que o Sindifisco-PE virou caso de polícia, de justiça e, se vacilar, de roteirista de série dramática.

A única certeza, por enquanto, é que a resenha sindical tá longe de acabar.

Veja na íntegra a nota do Sindifisco Pernambuco:

“Um dia para manchar a história do Sindifisco Pernambuco: Na tarde desta segunda-feira, 9 de junho, a sede do Sindifisco/PE foi palco de uma cena deprimente: quatro guarnições da Polícia Militar aqui compareceram e permaneceram estacionadas em frente ao Sindicato por mais de duas horas, em face de uma denúncia falsa de que haveria uma ameaça com arma de fogo no prédio do Sindifisco, conforme nos informou a PM. No fim do dia, a PM confirmou a verdade: ‘Informo que não houve ameaça de arma de fogo e sim o desentendimento entres as partes’, diz o trecho do Boletim de Ocorrência. A referida cena narrada acima tornou-se ainda mais aviltante em razão de que o real motivo de tal denúncia carece do mínimo amparo legal”.

Por Carlinhos Bragança

Marcus Oliveira

Marcus Oliveira

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