O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE), veio a público nesta semana denunciar o que classifica como “abandono, falta de diálogo e desrespeito” do Governo Raquel Lyra com a categoria. Segundo a entidade, as promessas de valorização profissional e o anúncio de “maior investimento da história da segurança pública” não passaram de propaganda enganosa.
De acordo com o SINPOL, em três anos de gestão, o governo estadual não cumpriu nenhum dos compromissos firmados com os policiais civis. A categoria reclama da ausência de estrutura adequada para o trabalho, da defasagem salarial, considerada a pior remuneração do país e da falta de efetivo suficiente para enfrentar o crescimento da criminalidade em Pernambuco.
“Enquanto o governo foge do diálogo, os policiais seguem pagando para trabalhar, sem estrutura, sem valorização e sem respeito”, diz a nota divulgada pelo sindicato.
Diante do cenário de insatisfação, o SINPOL anunciou que iniciará plenárias descentralizadas em todas as regiões do Estado para ouvir os servidores e discutir os próximos passos da mobilização.
Caso o governo mantenha o silêncio e não apresente soluções concretas, o sindicato planeja deflagrar uma Operação Padrão, também chamada de “Cumpra-se a Lei”, a partir de dezembro. Outras medidas mais severas, como greve geral, não estão descartadas para os primeiros meses de 2026.
A categoria reforça que a crise na segurança pública é agravada pela falta de condições básicas nas delegacias. Há relatos de que policiais precisam fazer cotas entre si para comprar água potável. “É um absurdo. Continuamos sem água pra beber, sem estrutura, sem valorização e com o pior salário do Brasil”, destacou o sindicato.
Encerrando a nota, o SINPOL resume o sentimento da categoria em uma frase que virou símbolo do movimento: “Sem valorização, sem diálogo, sem estrutura e sem verdade, não há segurança pública.”
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