Os policiais militares de Pernambuco denunciaram que servidores de diversas unidades do interior do estado estão sendo obrigados a se deslocar para a capital para colaborar com os 2400 novatos, que participam do Curso de Formação e Habilitação de Praças (CFHP), com previsão para encerrar em julho deste ano. Segundo informações obtidas junto à fontes ligadas à corporação, a determinação tem gerado uma série de dificuldades para os agentes envolvidos.
De acordo com a denúncia, os militares escalados para prestar apoio ao curso de formação, realizado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), no Curado, e no pólo anexo à Faculdade Universo, na Imbiribeira, não recebem recursos para custear o transporte até o Recife. Isso significa que os deslocamentos estão sendo feitos com recursos próprios, sem qualquer tipo de reembolso ou auxílio por parte do governo estadual.
Além da falta de custeio para transporte, os policiais também não recebem apoio financeiro para alimentação durante o período de permanência na capital. A situação se agrava ainda mais devido à inexistência de alojamento adequado para os servidores, o que obriga muitos a arcarem com despesas adicionais de hospedagem ou a buscar alternativas improvisadas para pernoite.
O impacto dessa situação tem sido negativo, com relatos de policiais adoecendo devido à sobrecarga e às condições adversas. Muitos deles estão recorrendo a médicos para tratar problemas de saúde relacionados ao estresse e à exaustão. A denúncia reforça a preocupação com o bem-estar dos profissionais da segurança pública e levanta questionamentos sobre a gestão do curso de formação dos novos praças.
A expectativa dos militares é que a situação seja revista e que sejam adotadas medidas para garantir condições dignas de trabalho e apoio aos profissionais deslocados para a capital.
Veja, abaixo, nota da assessoria da Polícia Militar
“Em face ao grande número de alunos, foram movimentados policiais militares de várias unidades do interior e da região metropolitana do Recife, tanto de unidades administrativas quanto operacionais, pela necessidade do serviço. Os policiais foram lotados na unidade de ensino e já recebem, como todo policial do serviço ativo, auxílio alimentação”.