O avanço do vírus Influenza A tem provocado um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em diversas regiões do Brasil, com impactos mais severos entre idosos e crianças.
Segundo o mais recente boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em 22 de maio, a gripe já superou a Covid-19 como principal causa de morte por SRAG entre pessoas com 65 anos ou mais, e figura entre as três principais causas de óbito infantil no país.
Além da Influenza A, o vírus sincicial respiratório (VSR), também tem pressionado o sistema de saúde, sendo responsável por 42,7% dos casos positivos de SRAG. Ao todo, o Brasil registrou 56.749 casos de SRAG em 2025, até o momento, sendo 46,5% deles causados por vírus respiratórios. Entre os confirmados, 15,3% são de Influenza A, 16,1% de Covid-19 e 25,8% de rinovírus.
A vacinação gratuita contra a gripe, disponível em toda a rede pública, é uma das principais medidas de prevenção. Mais de 65 milhões de doses foram distribuídas em todo o país, e o Ministério da Saúde reforça a importância da busca ativa dos grupos prioritários — como idosos, crianças e gestantes —, além da ampliação da vacinação para todos que procurarem os postos.
Dados preliminares mostram que, até 31 de maio deste ano, o país contabilizou 4.033 casos e 538 mortes por SRAG causada pela Influenza A em idosos. De acordo com informações repassadas pelo Ministério da Saúde, em Pernambuco foram notificados 44 casos e 7 óbitos. A Fiocruz e o MS recomendam ainda o uso de máscaras em ambientes fechados para quem apresentar sintomas gripais, além de medidas como higienização frequente das mãos, ventilação de ambientes, evitar aglomerações, e cuidados básicos como cobrir o rosto ao tossir ou espirrar.
De acordo com Anderson Oliveira, secretário executivo… Pernambuco ainda está em alta circulação viral. “As últimas semanas epidemiológicas apontam ainda para um crescimento de circulação viral e precisamos continuar com as ações de prevenção que ajudam a diminuir a pressão assistencial”, informa o secretário.
A temporada de vírus respiratórios, típica do outono e inverno, exige atenção redobrada da população e das autoridades sanitárias para evitar o agravamento do quadro epidemiológico.