Lucinha Mota e o Abandono Político no Sertão
A história de Lucinha Mota é um exemplo contundente de resistência e compromisso com causas fundamentais para o bem-estar social e a justiça. Filiada ao PSDB, ex-Secretária de Justiça e Direitos Humanos do Governo Raquel Lyra e ex-vereadora de Petrolina, Lucinha tem se destacado como uma liderança que transcende padrões tradicionais da política, sendo uma das figuras mais bem votadas no Sertão pernambucano.
Com uma trajetória marcada por coragem e fidelidade aos seus princípios, Lucinha é um exemplo raro de integridade e dedicação ao serviço público. Diferentemente de muitos políticos que dependem de nomes influentes ou padrinhos políticos, ela tem conquistado votos de forma orgânica, com resultados expressivos nas eleições de 2018 e 2022, ficando atrás apenas de Antônio Coelho, um nome de peso na região.
Durante seu período à frente da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha enfrentou desafios significativos. Mesmo sendo rejeitada por alguns órgãos que não a viam como gestora ideal para uma pasta tradicionalmente ocupada por grandes juristas, ela não se deixou intimidar. Conseguiu destravar projetos importantes e gerou economia para uma pasta que sempre foi o berço da corrupção e do enriquecimento ilícito, demonstrando coragem, competência e responsabilidade.
Na Câmara de Petrolina, Lucinha assumiu um papel relevante como vereadora. Desde o início de seu mandato, denunciou o descaso do governo municipal, estabelecendo uma oposição madura e consciente. Sua militância no combate à corrupção, na defesa dos invisibilizados e na proteção de mulheres e crianças mostrou seu compromisso inabalável com as causas sociais. Além disso, Lucinha tem um forte vínculo com pautas que visam uma segurança pública mais digna para os cidadãos.
No entanto, apesar de seu histórico exemplar e de sua ficha limpa, Lucinha encontra-se atualmente abandonada politicamente. O partido ao qual é filiada não ofereceu apoio durante sua candidatura à vereança, mesmo ela fazendo parte da cota de gênero. Sem padrinhos políticos e fora das tradicionais oligarquias, Lucinha segue sua luta contando apenas com seguidores fiéis e amigos inseparáveis.
Essa situação é um reflexo do modelo político que ainda privilegia alianças de conveniência em detrimento de lideranças autênticas e comprometidas com o povo. O abandono político sofrido por Lucinha Mota é sintomático de uma estrutura que resiste à renovação e que muitas vezes penaliza aqueles que escolhem caminhar com independência.
Sem se curvar às adversidades, seu exemplo de coragem e fidelidade aos princípios continua a inspirar muitos que acreditam em uma política limpa, transparente e centrada nas reais necessidades da população. Seu legado é uma prova de que a verdadeira liderança não precisa de apadrinhamentos, mas de compromisso e trabalho.
A região do Sertão, tão marcada por desafios e carências, merece lideranças como Lucinha Mota, que não apenas reconhecem essas demandas, mas lutam incansavelmente por soluções. Seu abandono político/partidário é uma perda para a democracia e para a população, mas também um convite para que os cidadãos reflitam sobre a importância de valorizar lideranças que realmente fazem a diferença.
Por Marcus Paulo
