A eleição para a presidência das comissões na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), gerou polêmica e foi alvo de questionamentos por parte da deputada Débora Almeida (PSDB) e dos demais parlamentares que anteriormente ocupavam essas funções. O pleito ocorreu em um sábado, algo inédito na história da Casa, e sem a presença dos presidentes eleitos para o primeiro biênio, o que, segundo os parlamentares insatisfeitos, fere o regimento interno.
A movimentação para eleição do presidente da comissão de finanças foi articulada pelos deputados estaduais Coronel Feitosa, Diogo Moraes e Antônio Coelho, resultando na eleição de Antônio Coelho como presidente, com Diogo Moraes assumindo a vice-presidência.
A escolha unânime dos presentes representa mais um revés político para a governadora Raquel Lyra, que, até então, contava com a deputada Débora Almeida na presidência da Comissão de Finanças, uma das mais importantes da ALEPE.
De acordo com Débora Almeida, ela e os demais presidentes de comissões que integraram o primeiro biênio foram excluídos do processo eleitoral. Para a parlamentar, o regimento interno determina que a convocação das eleições deveria ter sido feita pelos então ocupantes dos cargos. A realização da votação sem essa prerrogativa e num dia atípico levanta dúvidas sobre a legitimidade do processo.”Nunca houve reunião de comissão aos sábados, e essa eleição, da forma como foi conduzida, nos afastou do debate e da decisão. Segundo nota da assessoria da deputada, “o regimento foi ferido, e o caso será levado ao Judiciário”.
A ação pode gerar um novo embate no cenário político pernambucano, visto que a reconfiguração das comissões pode impactar diretamente a governabilidade da gestão de Raquel Lyra. O caso deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, com possibilidade de judicialização da eleição realizada. Resta agora aguardar os próximos passos das partes envolvidas e o posicionamento do Tribunal de Justiça de Pernambuco sobre o caso.