A Quadrilha Junina Xodó Camará, veio a público nesta semana denunciar sua exclusão da programação oficial do Ciclo Junino de 2025, organizada pela Fundação de Cultura de Camaragibe. A decisão, considerada pelo grupo como “perseguição política”, gerou revolta e mobilizou um apelo por justiça e respeito à inclusão cultural.
A Xodó Camará afirma ter sido surpreendida com a desclassificação no Edital 004/25, que regulamenta as contratações juninas deste ano.
De acordo com a justificativa enviada pela Comissão de Habilitação e Avaliação Artística, o grupo não teria apresentado comprovações suficientes de seu histórico artístico e da caracterização típica do ciclo junino.
“As comprovações enviadas são insuficientes para análise do histórico, qualidade artística, criatividade e técnica, pois faltam elementos que caracterizam a modalidade de que trata o objeto do Edital 004/25, ou seja, o Ciclo Junino”, diz o parecer.
No entanto, segundo integrantes do grupo, a justificativa soa incoerente. “Foram contratadas 12 quadrilhas, sendo quatro de Camaragibe e as demais de fora da cidade. Nós, que temos uma história legítima no município e somos referência em cultura inclusiva, fomos desclassificados sem fundamento claro”, afirmou Washington, coordenador do grupo.
Segundo Washington, o caso já foi levado ao Tribunal de Justiça e à Fundação de Cultura de Camaragibe.
Segundo Washington, a denúncia vai além da desclassificação. O grupo aponta sinais de perseguição política por não se alinhar a interesses pessoais dentro da gestão cultural do município. Ainda de acordo com Washington, a Prefeitura não respondeu o recurso que foi entregue. “A prefeitura e Fundação de Cultura de Camaragibe acabaram com o sonho de 56 jovens” lamentou.
A Quadrilha Junina Xodó Camará encerra seu manifesto com um apelo direto: “Exigimos respeito! Exigimos transparência! Exigimos que a cultura de Camaragibe seja tratada com dignidade”.