A Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, no Agreste pernambucano, opera com apenas 3,47% de sua capacidade, mobilizando ações emergenciais da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O manancial, que abastece 11 municípios da região e reforçava o fornecimento para Bezerros e Gravatá, enfrenta situação de pré-colapso, com vazão reduzida a 150 l/s — cerca de 15% da capacidade normal.
Dois fatores agravaram o cenário: a necessidade de explorar a reserva técnica do reservatório e a substituição urgente de uma comporta danificada, que estava submersa e em avançado estado de deterioração. Para mitigar os efeitos, foram instaladas balsas flutuantes e uma nova tomada de água, ainda inoperante devido ao problema na comporta. A previsão é concluir a troca do equipamento até o fim do mês.
A expectativa da Compesa é recuperar uma vazão de até 400 l/s e regularizar o abastecimento nas cidades afetadas, como Surubim, Salgadinho, Frei Miguelinho, Toritama e outras. Bezerros enfrenta um dos quadros mais críticos, com rodízio de até 14 dias sem água, agravado também pela situação da Barragem de Brejão.
Caruaru, que antes dependia de Jucazinho, agora é abastecida pela Transposição do Rio São Francisco, aliviando o sistema. Já em Gravatá, apenas 3% da população é afetada, com abastecimento garantido por outros sistemas.
A recuperação da barragem ainda depende do volume de chuvas esperado para o inverno.
Com informações da Ascom COMPESA