O município de Bom Conselho, no Agreste Meridional, vive dias de tensão após denúncias envolvendo dois policiais civis que, segundo a defesa do guarda municipal Ronaldo dos Santos, teriam cometido abuso de poder durante as investigações do incêndio que destruiu parte da frota de ônibus escolares da prefeitura.
De acordo com as advogadas Ana Silva e Janinny Souza, dois policiais teriam ido até a casa do servidor público sem mandado judicial, obrigando-o a entregar seu celular. “Bora, pode começar a falar a verdade”, teriam dito, enquanto vasculhavam seus dados pessoais. A defesa afirma que o caso será levado à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) para que sejam adotadas as medidas cabíveis, quanto a Prefeitura, ambas cobram um efetivo e justo posicionamento depois do descaso com a saúde do servidor. Segundo as advogadas, a gestão teria mantido Ronaldo trabalhando mesmo com laudo de transtorno depressivo recorrente, sem qualquer avaliação psicológica, colocando em risco sua saúde mental e a responsabilidade de suas funções.
Nas redes sociais, formou-se um verdadeiro tribunal virtual. Populares apontam em comentários nas redes sociais, o servidor como culpado pelo incêndio que destruiu os ônibus da garagem municipal no último dia 20 de junho. Mas até onde vai o limite das investigações policiais e onde começa a perseguição ou o que a motivaria?
A governadora Raquel Lyra esteve em Bom Conselho nesta sexta-feira (27) para entregar cinco novos ônibus escolares como resposta ao incêndio, dentro do programa Juntos pela Educação. Os veículos entregues possuem acessibilidade, capacidade para até 59 estudantes, além de modelo 4×4 para zonas rurais. Mas a entrega rápida de novos veículos encerra o problema ou apenas silencia questionamentos sobre segurança patrimonial, saúde mental no serviço público e métodos de investigação da Polícia Civil?
Qual a responsabilidade real do servidor público, mantido no trabalho mesmo acometido de transtornos psiquiátricos? Os agentes agiram dentro da lei ou ultrapassaram seus limites? O que pensa a gestão municipal sobre manter servidores com laudo de transtorno mental atuando normalmente?
E você, acredita que esse caso será investigado com transparência ou acabará em pizza?Continue acompanhando as atualizações sobre o Caso Bom Conselho aqui.
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