Durante a campanha eleitoral, a governadora Raquel Lyra destacou uma realidade preocupante: muitas crianças pernambucanas nasciam em outros estados ou municípios devido à falta de maternidades e infraestrutura adequada em suas cidades de origem. A promessa era mudar esse cenário e garantir assistência materno-infantil mais próxima e acessível para as gestantes.
No entanto, passados dois anos de sua gestão, apenas agora o processo de licitação para a construção de novas maternidades começa a sair do papel. Embora o governo estadual tenha sinalizado avanços nessa etapa, não há uma data definida para a conclusão das obras.
A demora para iniciar a execução dessas maternidades não só prolonga o sofrimento de milhares de mães, que seguem enfrentando deslocamentos exaustivos em busca de atendimento adequado, como também levanta dúvidas sobre a estratégia política por trás desse cronograma. Com a proximidade do período eleitoral, cresce a expectativa de que essas obras sejam concluídas e inauguradas justamente no ano da eleição, um movimento comum entre governantes que buscam capitalizar politicamente sobre entregas de última hora.
Enquanto isso, a população segue à espera de ações concretas que realmente priorizem a saúde materno-infantil de forma contínua e não apenas como um trunfo eleitoral. O desafio agora é acompanhar de perto os próximos passos do governo e cobrar prazos e transparência na execução dessas obras essenciais para Pernambuco.
HOSPITAL DA MULHER – Localizado em Caruaru, o Hospital da Mulher do Agreste, com a obra paralisada há anos, começou a ser construído em 2013 e o prazo de conclusão era julho de 2014. O Governo Raquel Lyra retomou as obras em 2023 e investiu mais R$ 70 milhões para garantir a conclusão do hospital, que vai atender mulheres de 31 municípios.
Foto: Américo Nunes